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Com US$ 11,6 trilhões de ativos sob o seu guarda-chuva, a BlackRock sustenta, há tempos, o status de maior gestora do mundo. O que não significa que a empresa liderada pelo CEO Larry Fink está acomodada com essa posição.
Uma prova desse “desconforto” foi dada na quinta-feira, 12 de junho. Poucas horas antes da realização do seu Investor Day, a companhia americana anunciou uma série de metas e projeções como parte de um plano para chegar a um valor de mercado de US$ 280 bilhões até 2030.
Um dos caminhos para tornar realidade essa ambição envolve uma trilha paralela às origens da BlackRock nos mercados públicos. Esse percurso a pelo objetivo de captar US$ 400 bilhões para o seu braço de investimento privado.
Ao escolher esse trajeto, a gestora reforça sua disposição em competir com alguns dos players gigantes no segmento de ativos alternativos. Entre eles, nomes como Blackstone, Apollo Global Management e KKR, conforme destaca o jornal britânico Financial Times.
Nessa direção, em 2024, a BlackRock fez movimentos como o investimento de cerca de US$ 28 bilhões nas aquisições da Global Infrastructure Partners (GIP), da gestora de investimentos em crédito HPS Investment Partners e na provedora de dados sobre fundos privados Preqin.
Incorporada à gestora, a GIP, por sua vez, tem se mostrado ativa em aquisições, o que pode ser exemplificado por acordos como o acordo de US$ 22,8 bilhões, em março, para a compra de dezenas de portos, incluindo duas estruturas em ambos os lados do Canal do Panamá.
A operação também se associou com a Microsoft para captar um novo fundo de investimentos em inteligência artificial, com o plano de levantar US$ 30 bilhões.
Uma das outras pontas do pacote de aquisições da BlackRock nesse espaço, a compra da HPS deve ser concluída em julho deste ano. Quando o acordo foi anunciado, em dezembro de 2024, Fink ressaltou justamente o interesse crescente da gestora em competir nesse segmento.
“Os mercados privados não são mais uma exposição separada ou independente para nossos investidores”, disse o CEO da gestora, naquela oportunidade. Já nessa quinta-feira, como parte dos novos planos, a BlackRock também trouxe mais números na mira da empresa.
Um desses indicadores é a projeção de ultraar US$ 35 bilhões – contra US$ 20 bilhões, em 2024 – em receita anual até 2030, com um crescimento médio anual de 10% nesse intervalo. Segundo a empresa, grande parte desse salto virá justamente dos investimentos privados e de negócios de tecnologia.
Nesse cenário, a BlackRock estima que uma fatia de 30% ou mais de suas receitas venham dessas áreas ao fim desse período. Em 2024, os dois segmentos somados responderam por 15% dessa linha. Em outro dado, a meta é alcançar um lucro operacional ajustado de US$ 15 bilhões no mesmo intervalo.
As ações da BlackRock registravam um ligeiro recuo de 0,41% por volta das 12h (horário local) na Bolsa de Nova York, cotadas a US$ 989,28. No ano, os papéis acumulam uma queda de 17,9%, dando à gestora um valor de mercado de US$ 153,2 bilhões.
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Neofeed