Toyota quer levar tecnologia de híbridos flex “made in Brazil” para Índia e Colômbia

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Depois de seis anos das primeiras versões dos carros híbridos flex – veículos eletrificados que funcionam com etanol ou gasolina -, a Toyota se prepara para levar a tecnologia brasileira para os mercados indiano e colombiano.

Em entrevista ao NeoFeed, o presidente da Fundação da Toyota, Roberto Braun, detalha os primeiros contatos e acordos com governos e empresários indianos e colombianos para a “exportação” da tecnologia. Os encontros têm ocorrido no Brasil e nos dois países estrangeiros, mas há outros mercados em foco.

A tecnologia foi inicialmente desenvolvida pelas áreas de tecnologia e engenharia da Toyota de origem japonesa no Brasil. Os carros da companhia foram pioneiros nos modelos híbridos flex. São veículos independentes de recarga, necessária apenas nos elétricos.

Explica-se: o motor elétrico age como gerador e carrega a bateria nas frenagens e desacelerações e o computador do carro avalia qual o modo mais eficiente, definindo o momento em que o propulsor a combustão é acionado. A economia e redução de emissões chegam a 30% se comparado ao carro híbrido convencional.

“Temos trabalhado na promoção de novas tecnologias, mostrando o benefício do biocombustível em relação à eficiência do veículo e ao meio ambiente”, diz Braun. “Para outros países é uma solução realista para a descarbonização.”

Braun, que é engenheiro mecânico, tem viajado pelo mundo para participar de seminários apresentando a tecnologia brasileira. O maior foco da Toyota Brasil é a Índia e a Colômbia, por causa da infraestrutura dos dois países.

“Existem várias rotas de tecnologia no mercado renovável, a partir da circunstância de cada país, como clima, rodovias, geografia, e também pela demanda do próprio consumidor”, diz Braun.

No Brasil, como defende a montadora, há toda uma base de produção de etanol já instalada para servir de alternativa para os combustíveis fósseis. São 50 anos de experiência no uso do etanol, com uma base de distribuição em 40 mil postos. Metade do combustível usado nos veículos de eio no Brasil é etanol, levando-se em conta também a mistura na gasolina.

A Colômbia, na América do Sul, e a Índia, na Ásia, têm contextos parecidos com o do Brasil, na avaliação de Braun em aspectos relacionados ao clima e ao solo. Em 10 anos, por exemplo, a Índia ou de 1% de mistura de etanol na gasolina para 20%.

“É um trabalho do governo da Índia, entendendo o benefício do etanol.” Braun esteve três vezes nos últimos meses apenas no país asiático, participando de missões em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). Representantes do governo e de empresas indianas estiveram três vezes no Brasil.

“Há um entendimento que o etanol é importante para o país, não só na descarbonização, mas também na substituição da matriz energética, reduzindo a importação de combustível fóssil e criando mais empresas e emprego.”

A Índia tem hoje tem 400 postos de combustível de etanol puro e 19 protótipos de veículo híbrido flex já desenvolvidos entre automóveis, motocicletas e triciclos.

“Mostramos na fábrica de Sorocaba como superamos obstáculos, como a partida a frio, uso do etanol e a água para evitar dano em componentes, desenvolvimento de injeção, tanque de combustível, calibração do motor, deixando claro como a tecnologia é robusta, confiável e durável.”

A expectativa de produção dos carros é de 5 milhões de unidades na Índia. O segundo foco da Toyota é a Colômbia por causa da produção significativa de cana-de-açúcar – Braun esteve no país no mês ado -, combinando ações no Paraguai, Argentina, Indonésia, Tailândia e Austrália.

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Neofeed

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